domingo, dezembro 14, 2003

P.S. do P. Anterior

E aeinda:
Pickles caseires.
Ai, aqueleas fateias de pão freitas no molhe da carne de vinhe e alhes! Ai....
Lembrem-se de mais coiseinhas bauas?

Esclairecimiento:
Os buzies: São para chamarem eis pessauas pras meissas. Buzies para assoprar, piquena!

quinta-feira, dezembro 11, 2003

É Natale, é Natale

Matança do porque.
Noite do mercade.
Broas (por favor, leia-se: brauas) de mele.
Meissa do parte.
(Outra meissa) Meissa do gualo.
Carne de vinhe e alhes.
Canja de galeinha.
Uis boles de mele.
Iluminaçãoe nas reuas.
Montage do pinheirinhe.
Eis cabreinhas.
A lapeinha.
Eis lampareinas.
Uis presêntes.
Uis ausentes que venhem aguora.
Eis prendas.
Buzies.
O Menine.
Eis vaquinhas.
O burre. O Joséa e a Mareia.
Anjes, arcanjes e uis Rei Magues.
A genebra. O aneiz.
Eis bedeiras.
Enfim(e), comuere e bebere.
Estepilha, come eu goste do Natale!

quarta-feira, dezembro 10, 2003

T minus

T -1 day to the Marronco's return...
Or not!
:-P

terça-feira, novembro 11, 2003

I had a dream

Ela para a outra:
- Mas que gajo bom! Vamos meter conversa com ele."
As duas:
- "Ihihih"
Ela, a mesma, para ele:
- "Olá bonzão! Tens cara de Marronco. Que idade tens?"
Marronco:
- "Tenho 30, redondos."
Ela, semicerrando os grandes olhos verdes e abrindo um belo sorriso:
- "Como eu gosto de gorduchos... ih!!"
Marronco:
- "Pois, sou gordo... O que queria dizer é que não tenho nem 29, nem 31. Tenho 30 anos!"
A outra:
- "Dasse, que velhadas!"
Ela:
- "Tchau!!!"
Marronco:
- "Prazer em conhecer-vos. Querem ser minhas amigas?..."
Elas afastaram-se. Mas tinham bons rabos, lá isso tinham.

Não dá

À hora de almoço não dá para escrever...
Mas apetecia-me.
Não quero ir trabalhar.
Mas vou, claro que vou.
Hoje, e só hoje, queria ficar a ronronar depois do almoço. Ora, isso é que era!
Até está um dia cinzentão...
Mas o tempo voa. Pois, ninguém sabe para onde. Deve voar, para lá...
Cinco minutitos dispensados aqui para vos dizer que estou vivo. Este blog, nem por isso.
Beijos e abraços, conforme vos aprouver.
O sempre Vosso
Marronco

domingo, novembro 02, 2003

Esqueci-me de pôr um título. Ou não.

Raios me partam! Mas devagar, por favor. Tá, Sr. Raio?
Pensei escrever sobre porcos. Tinha a ver com muçulmanos e virgens...
Já me ocorreu uma prosa sobre a constatação de que tudo aquilo que tive de valor ou aspiro ter, ser artigo... em segunda mão. Sim, mulheres incluídas.
Queria desistir do blog.
Não quero desistir, por agora.
Tenho andado meio apanhado da corneta. Estou mais extrovertido. Das profundezas do crânio soam palavrões. À la Pipi, mesmo!
Se falo mais, não sinto necessidade de escrever.
Mas tenho escrito. Pequenos artigos para páginas web. Nada de estimulante. Mas dá uns trocados, o que é bom.
Nos tempos livres, não me apetece partilhar o meu espaço. Quero refugiar-me no discman. Dormir. Ou adormecer, ouvindo uns cd's, sempre no discman.
Enfim, as semanas passam e continuo a marroncar.
Ah! Estou farto de formação! C'um caraças! A partir de amanhã, serão mais sete tardes a estoirar a paciência, com um formador a ensinar-me o que não quero aprender.
Mas, acreditem, também há coisas boas. Só que essas, as boas, não despertam o nosso interesse. Não falo, claro, das “boazonas”! eheh Que a virilidade ainda abunda por aqui.
Algum dos GRANDES filmes que vos marcaram eram comédias? Pois... Por acaso, para mim, até há um filme-só-pa-rir-super-faxonas que nunca esqueci: "Top Secret". Uma pérola. Mas é o único. Ou não. Who cares?
Olhem, já escrevi! Vou dar uma única revisão e "postar" já.
Revisto.
"Postado".

quinta-feira, outubro 23, 2003

Estes humanos são doidos!

Estupefacto fiquei!
- Em casa, para almoçar;
- Notícias, às 13:00h, RTP 1, Jornal da Tarde;
A história:
- Estados Unidos da América - Estado da Flórida;
- Há alguns anos, um semi-fulminante ataque cardíaco transforma uma bela mulher (são todas, pois são!) num verdadeiro vegetal (não, Srs. da Quercus, não tenho nada contra os Vossos vegetais);
- Cerebral e fisicamente está K.O.;
- Encontra-se totalmente dependente de terceiros;
- Ingerir hamburguers, papinhas Nestum ou bacalhau à Gomes de Sá, só mesmo através de um tubinho, que faz ligação directa ao estômago.
Seguindo:
- A infeliz expressou (como? boa questão...) vontade de deixar de viver.
Normal, não acham?!? Adiante:
- Um tribunal decide que ela, devidamente assistida por médicos, pode exercer o direito de terminar com a sua própria vida.
Para o juiz, a dita cuja pode morrer à vontade. “Desde que não me suje a sala de audiências! Quero é se lixem todos! Hoje ainda é Quarta-feira e a Okzana só me vem fazer as limpezas ao Sábado!”, desabafou o Meritíssimo perante os jornalistas presentes.
Método escolhido para provocar-lhe a morte:
(Perdoem-me, mas tenho de dar uma grande gargalhada: AHAHAHAHAHAHAHAH!!! É do nervoso. Mas passa.)
- A solução passava (porque, até ver, por intervenção do Governador do Estado da Flórida já não vai passar) por, simplesmente, não a alimentarem! Sim, os Srs. Drs. Médicos estimaram que a triste senhora não resistiria mais de quinze dias(!!!) sem se alimentar! Cortavam-lhe o rancho e... zimba! R.I.P. Nem mais. Quem se havia de lembrar...
Não acham chocante? Tantos anos a estudar medicina para propor uma solução tão óbvia?!? E onde pára o humor, hem???
Então não seria melhor dar-lhe uma pancadaria e atirá-la, na maca, pela escada abaixo?
Ou sufocá-la com o teddy bear que guardava desde a infância?
Ligar-lhe o tubo da comida a uma garrafa com hélio (é o gás dos balões, não é?) e lançá-la na atmosfera? Isso é que era!
Ou... (imaginem vocês, que este é um blog interactivo!)
Eu próprio lhe teria enviado uma cassetezita com os Greatest Hits do Roberto Leal, para que a ouvisse non-stop, até ao último suspiro.
Deus (esse grande malandro, pá!) nos livre! Qualquer coisa seria menos cruel...
O que me vale é que ainda julgo (espero!) não ter compreendido bem o teor da reportagem. Mas, só o pensar na possibilidade de tal acontecer, deu-me vontade de escrever.
Amigos e amigas, azar!

sexta-feira, outubro 17, 2003

aicnêicaP aD

.ossuR ecerap ohlepse oA - .S.P
!aicnêicaP .sassov sedaduas ahnit áj :agid sov euq em-mexied E
!lam a avel méugnin ,lataN esauq É
.asorp ad esseretnised o odnimussa omseM .asioc reuqlauq sov-rezid a odanoisserp etnemlarom em-aitnes saM .revercse arap etnasseretni ed adan ahnit oãn ,odnuf oN
.laM .aid-a-aid orieuqirroc uem od oidósipe osorbenet mu ratnoc sov rop essatpo es airacif laM
.aireS .4002 arap odatsE ed otnemaçrO odadaflam o erbos uo apaP od odacifitnop ed sona ocnic etniv so erbos oãinipo ahnim a rad odicerroba etnemlaugi aireS
.oãN .anamuh açar ad azerutan a erbos uo adiv ad oditnes o erbos oãçatressid agnol amu racoloc iuqa essof es adaip ahnit oãN
.ejoh ivercse etnemadrusba oãt euq o rinrecsid ed avitatnet an sotunim sosoicerp snugla ed ridnicserp maratieca euq seleuqa arap AJAH MEB ednarg mU

domingo, outubro 05, 2003

Do retiro

Estou no Convento de Santa Clara, em retiro espiritual.
Aproveitei a hora da missa para vir ao pc da sacristia e actualizar este meu blog. Espero não estar a cometer um sacrilégio. Não, não é por actualizar o blog. É por ter descoberto que a homepage do I.E. está definida para o playgirl.com. Se ainda fosse a playboy... Oh, meu Deus!
Ok. Estou vivo.
E quase no céu.
Oremos.
Ou não.

quinta-feira, setembro 25, 2003

:-)

O Marronco voltou, hoje, à vida nocturna.
Não a vida nocturna das tascas, esplanadas, bordéis ou casas de alterne (que estão em alta neste blog!), discotecas e afins.
É trabalho nocturno. Puro e duro! Físico. Feito com acidental sangue, suor, muito suor e também lágrimas.
Trabalho com jovens. Ou, com maior correcção, trata-se aqui de pôr jovens a trabalhar.
Jovens rapazes. Muitos. Mais de dez. Muitos jovens rapazes que gostam do que fazem. Ou julgam que gostam. Pelo menos, afirmam-no.
E eu também gosto do que faço. Faço-os ficarem extenuados. Faço-os lançarem-me olhares gélidos e distantes. Ah, ah, ah, ah (com sarcasmo e eco, por favor)!!! Razão, têm-na eles. Chego por vezes a ser cruel. Sem orgulho, assumo-o.
Amanhã, voltam. Eles voltam. Quase sempre. E regressam com um sorriso. Como se de bons filhos se tratassem, retornam para mais do mesmo. Para ficarem de rastos. Não é giro?
“Porque o fazem?”, pergunto-me eu, já sabendo a resposta.
Três “R”s (como preferirem, “erres” ou “res”):
“R” de Respeito. Não, não me respeitam. Ou melhor, não é por me respeitarem que lá voltam. Respeitam-se. Respeitamo-nos.
“R” de Reconhecimento. Todos cumprimos papéis. Não sou eu a estrela da companhia. Eu sei. Eles talvez não se apercebam disso. Mas assim é. Acham-me “importante”. Vamos à raiz da questão: sem eles... eu não o era. No contexto, não existia. Claro, não lhes digo isto todos os dias...
“R” de Rir. Mais que o melhor remédio, rir é a prevenção. É a mistura de um cházinho quente com o colocar de uma mantinha sobre os pés frios, antevendo-se a chegada de uma gripe. Quem sabe, talvez a dita não nos arrelie.
Rir-se de... Rir-se com... Rir. Provocar um riso. Nem que seja um sorriso. Sinceramente, poucas coisas me dão mais gozo do que provocar um sorriso. Rimo-nos. Juntos. De mim, muitas vezes. Quando se riem de mim, estamos ao mesmo nível. Eles crescem. O colocarem-me em situações embaraçosas incha-lhes o ego. Eu, encolho-me e rendo-me às evidências, rindo com eles. Na diferença, somos iguais.
Já sabem aquela da galinha ninfomaníaca?
Aprendeu a nadar, só para ir aos patos.

terça-feira, setembro 23, 2003

De Hoje a Marte

Hoje foi um dia triste. Não triste de tristeza, mas um triste de tudo fazer sem o menor prazer. Nem a escrever se me sinto bem. Nunca mais é Quarta! Bolas!
Cá vai...
O meu Avô (com letra grande, sim) partiu há poucos dias rumo ao maior bordel do Universo. Marte. O planeta. Como todos sabem, dos planetas o vermelho.
Ora, vejamos se assim não é:
- Todas as casas de meninas têm decoração em tom carmim;
- Os homens (com letra pequena, saliente-se) frequentam casas de meninas;
- Os homens estão loucos para chegar a Marte, vivos;
- Logo, Marte é o "Jaguar" do Universo.
Marte, vermelho e branco (branco não é, mas lá que fica bem-fica!), está a dois terços do percurso entre a nossa Terra e o Paraíso.
Estou certo que o meu Avô reservou, pelo seu comportamento irrepreensível durante a sua vivência terráquea, um cantinho nesse famigerado lugar.
Deixou-nos, ele.
Bon vivant como também era, deixou-se entrar na primeira porta entreaberta que na via láctea encontrou e por lá deve ter ficado. Deve ter ido parar ao Banana’s lá do sítio. Picadinho e açorda, bem quente, a qualquer hora. Ninguém resiste.
Não ouviram falar naquela coisa do planeta vermelho estar mais próximo de nós? Acontece de quantos em quantos anos? Pois é. Acreditam em acasos, no destino? Fenómeno raro era também esse Senhor. A viagem foi encurtada. Isso é que foi. Estavam desejosos de o receber. Como os compreendo.
Ele que sempre nos ensinou a procurar e a disfrutar as coisas boa da vida, devia saber do que falava. Ou não. Mas criava-nos o gosto.
Eu, cá por mim, gosto de pensar que ele está num sítio assim. Gosto!
Viúvo por duas vezes, gostava de mulheres.
Sempre gostou do convívio. Das festas. Do bom vinho. De cantar e bailar.
Um bordel podia ser uma solução. Ou se calhar não. Talvez seja demasiado ordinário. Mas hoje apetece-me pensar que entre um “Fugitivo” e uma estância de férias em Bora-Bora há pouca diferença. Apetece-me. E insisto no bordel. Pronto.
Adorava ler. Adorava a música. Adorava-nos.
Nasceu a 23 de Setembro.
GRANDE.
Mas o dia melhorou no fim. Duas garrafas de bom vinho para três (a última era um Vega, do Douro, de 1997), em seio familiar e tudo se dissipou.
Se beber, não escreva. Quem vos avisa, Marronco é.

quarta-feira, setembro 17, 2003

Dos sponsors

Decidi. Este espaço passou a ter patrocínio.
Após aturadas diligências mentais, concluí que era tempo de começar a fazer render a inata arte de bem fazer perder tempo aos estimados frequentadores deste antro de insignificâncias.
Também por aqui, há que facturar. Eu, muito contra-vontade dos meus leitores, Marronco, arrepiei caminho e parti em busca de blogs abastados de interesse.
Blog aqui, blog ali, blog acolá adiante, blog ali além. Impunemente vasculhei vários. Seleccionei dois.
Duas vítimas do meu interesse. Todos os dias lá vou. Olhem, sou fã. Azar!
A negociação foi fácil. Não consultei os seus autores, en passant diga-se que são duas belíssimas bloggers, o que, desde logo, me livrou dos caprichos da vontade feminina.
Zimba! Escolhi e... bico.
Contrapartidas? Houve, claro. Em troca da concessão, em exclusivo, do espaço publicitário neste meu blog, garanti o privilegiado direito de, durante a próxima década, calcorrear gratuitamente aquelas mega-produções tão cuidadosamente escritas. Não acham uma pechincha? Nem no mercado da Penteada se conseguia melhor. Garanto-vos.

sexta-feira, setembro 12, 2003

Da razão de ser deste blog - 1

Eu, ganda Marronco, me confesso. Ainda não sei que linha editorial adoptar para este nobre espaço.
O facto deste blog não ter autor completamente anónimo (sim, pois existem, por terras da metrópole, duas princesas que muito venero e que sabem do endereço desta pérola do reino bloguístico) coloca-me perante o eterno problema do “dar-me a conhecer”. Eu, que tanto gosto de enroscar-me nos meus novelos e fazer do meu dia-a-dia um tremendo emaranhado de pensamentos, palavras, actos e omissões (tal qual como na Santa Missa, acho eu), vejo-me constrangido perante o expor das minhas convicções (se as tenho...) perante um tal público sedento de ler sobre temas interessantes.
And now, for something completely different:
Já agora, menina Maria Papoila, talvez não seja desajustado solicitar-lhe, na sequência destas minhas palavras, o obséquio de corrigir no Vosso blog (Ovos Estrelados, são do melhor! passe-se a publicidade) a denominação do link que reenvia todos os incautos para esta minha página. Que coisa é essa d’O Montes? Um link desses devia direccionar-nos para um site mantido por um clube de eco-fanáticos ou para a página de um qualquer gordo-caixa-de-óculos-e-careca-com-manias-de-espertinho. Não sendo assim, chamar-lhe “O Montes” só irá defraudar expectativas.
For something completely different, again:
Tenho sempre à mão o bendito slogan “falar? gosto mais de ouvir” que, devidamente fundamentado, uso, normalmente com bons resultados, sempre que me é proposto abrir-me ao mundo exterior. E os que me conhecem sabem bem que assim é. Do Marronco poucos sabem. Digo-o quase com uma pontinha de absurdo orgulho.
Sou dono de umas belas orelhitas que sobressaem deste melão em forma de cabeça e que se tornam bastante acolhedoras para quem precisa de ser ouvido.
Sim, porque este fenómeno dos blogs deverá ter muito mais a ver com o facto de ser bastante mais difícil encontrarmos quem realmente nos oiça, do que propriamente arranjarmos alguém com quem conversarmos. Parece-me diferente. Conversar pressupõe troca. De palavras, de conteúdos. É fácil. Abro-me em conversa, na mesma medida em que tu também o faças. Mantemos o equilíbrio, trocamos impressões, sensações, informações, enfim discutimos. Ficamos reconfortados? Talvez.
Ao prazer de ser-se ouvinte junta-se o alívio de que quem precisa de ser ouvido. Muitos de nós não precisamos da troca. Necessitamos realmente de fazer-nos ouvir. Sem termos respostas. Só falar. Sem mais. Saber que há alguém que nos ouve, compreendendo-nos ou não, concordando ou não connosco, mas que se limita a ouvir, é muito tranquilizador.
Bem, mas então falar para uma parede também pode servir? Não. A parede não nos ouve. Não pisca os olhos. Não coça o queixo. Não afaga a barba.
Gritar do alto de uma montanha será suficiente? Não. Há sempre risco do Sr. Eco estar presente e nós não estamos sensibilizados para nos ouvirmos a nós próprios. Não queremos ouvir as nossas ladaínhas.
É preciso alguém. Um ouvinte. Que retenha. Somente. Que nos convide para uma Guiness na ressaca desse momento de extroversão.
Aqui, que ninguém nos ouve, estamos preparados para ouvir?
Como de um blog se trata, gostava que me estivessem a ler. Não precisam comentar.

sábado, setembro 06, 2003

O Hino

Sempre ausente

diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo

diz-me que desprezo é esse
que não olhas para quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente
e não me conseguem alcançar

by António Variações
Apeteceu-me "postar" isto...

sexta-feira, setembro 05, 2003

Preguiça!

Viva a bicha! A preguiça, pois está claro...
Uaaaaaaaauuu!!! Gronnfff!!! Hmmmmm!!! Uff! Espreguiço-me, ai como me espreguiço!
Que bem que se está de férias! Não quero outra vida. Quais testes psicotécnicos, qual quê... Ainda estava a pensar fazê-los (com esta idade, sim!), mas agora estou certo do meu rumo para a vida: nada fazer!
E explico: nada faço, logo nada sou. Nada sendo, nada preciso. Se não preciso, não dependo. Não estando dependente, sou livre. Se sou livre, posso escolher. E escolho: não fazer nada. Está explicado. Ou não.
A pior consequência para o mundo desta minha super-recente decisão é o facto deste blogzito de cárácácá (com quatro assentos! Mais que uma mota: 2 assentos... aaargh!) não estar minimamente actualizado. É grave? Pois é.
Minhas caras amigas (bem hajam Papoila e Alvo, por serem as únicas a lerem estas letras), aqui o vosso Marronco brilhantemente concluiu que não vale a pena esfolar-se, nem tão pouco manter-se o brio quando o futuro passa por estar abancado num qualquer gabinete de um instituto público ou naquela sala infestada de números numa reles instituição bancária. Pronto, talvez numa ONG valha a pena, mas... ...
Percebi tarde, mas percebi a realidade. Por muitas horas que trabalhe, por muitos segundos, terceiros ou quartos empregos que venha a ter, dificilmente vou conseguir conciliar as três condições necessárias para a digna sobrevivência de um marronco solitário. A saber:
1 - ter um espaço só meu - Impossível!;
2 - manter um meio de locomoção só meu (note-se a repetição), para poder deslocar-me, nos dias de maior ansiedade, até às portas do aeroporto mais próximo;
3 - conservar no frio uma grade de Corais para serem distribuídas/consumidas pelos/com os amigos.
Os marroncos sonham com (a) simplicidade. Querem o que querem e nada mais.
Ora, não tendo o que quero, o que me resta? Resta-me desistir. Não mexer literalmente uma palha. Pêvas! Não faço. Vegetar é a minha sina. Para visitas? Dirijam-se ao jardim botânico.
Não à produtividade! Juro que não mais trabalharei! Pelo menos até ao dia 15. Bem feito!
Preguiçoso e sem perspectivas, rendo-me.

domingo, agosto 31, 2003

Frustração

Estava há duas horas a "postar" a história do fim de semana.
E que gozo estava a ter! Narrava sobre os concertos a que assisti, o que gostei, o que gostei menos... bla bla, bla bla. Enfim, partilhava um pouco das minhas últimas 48 horas.
De repente, e em mais uma prova de absoluta marronquice, resolvi ir à template verificar como se configurava um link.
ZÁS!
Fui à template, lá isso fui! E o texto?!? Foi-se tudo... Que tontice!
Sou um marronco, sempre serei.
P.S. Já agora, o link que queria mostra-vos: Nina, dos Cardigans. Linda! Vi-os ontem, aqui na ilha. Era disso que vos falava...

sexta-feira, agosto 29, 2003

Marronco: o que sou. Ou não.

Definir "marronco" é uma tarefa hercúlea.
Numa análise superficial, e consultados alguns (dois, cá para mim, já são alguns!) dos dicionários disponíveis on-line, verifica-se que nestes não consta o significado de semelhante palavra.
Cheira-me que vai ser uma trabalheira!
Para ficarem já com uma ideia do que é "marronco", só vos digo isto: para criar um blog com este nome, é preciso sê-lo.
Colaboradores/investigadores aceitam-se!

segunda-feira, agosto 25, 2003

Marronco 1 (não ler: Marronco pela primeira vez. Antes fosse...)

Guess what?!? Ainda nem sei o que vai sair daqui... Marroncadas, óbvia e certamente...
"É o teu espaço", "é o teu espaço, aproveita" diziam eles. Pois, mas que faço eu com o MEU espaço?
Isso também não interessa nada. Agora, respect! I'm a blogger. E, ainda por cima, soa bem.
Até que realmente descubram este endereço vou passar por ser um tipo ciber-culto-virtualmente-com-dom-para-a-palavra. Que bom... Uma vez descoberto, enfim, restarão palavras. Só palavras. E essas, meus caros, essas leva-as o vento! Já minha avó dizia...