quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Altas e espadaúdas 1

Às mulheres, quero-as altas e espadaúdas!
Para lingrinhas, enfezado, já basto eu! Nos meus sonhos sempre fui GRANDE. Alto, muito, e forte. De costas largas, pernas maciças como pilares, tronco de aço e cabeça ornamentada de farta cabeleira negra.
Mas não. Deus, esse tirano, não me favoreceu. Não teve em conta as preces de minha mãe, nem o azar ao jogo de meu pai.
Não lhes trouxe um ariano. A zarolha da cegonha havia de carregar desde os subúrbios de Paris um raquítico latino, que de belo só tem o pesado colar de ouro que os familiares lhe enviaram da Venezuela. Não, a cruz é amarela, mas foi comprada a um cigano, ali para as bandas do Almirante Reis. Oiro não é, certamente.
Morenão-calhau, 1,63m, olhos castanhos-cócó e cabelo... nenhum.
Enfim, sou assim. O espelho não (me)engana. Mas, olhem, que é que um gajo há-de fazer? Pelo menos, não trago o cabelo repartido ao meio...
Tudo isto para vos dizer que a minha próxima, se houver, companheira terá de ter mais de 1,80m, 80 Kg e longos cabelos, até ao rabinho, mesmo.
Oh pá, tem de ser! Aquela coisa da analogia entre as mulheres e as sardinhas, comigo já não pega. Um macho que se preze, se não é grande coisa, tem de se fazer acompanhar por uma corpulenta matrona. Anafadita, que seja.
Já se deram ao gozo de observar uma lady com bochechas? Haverá algo mais engraçado?!? Uma senhora que, de tão alta, me dê sombra quando estou na paragem à espera do 19 da Horários... Oh lá lá!! ("Oh lá lá", com sotaque francês, p.f.)
Quero alguém que me faça entrar nas discotecas. Que me arraste à saída dos concorridos jogos do maior das ilhas. Que imponha respeitinho, mas que não me bata, claro.
Uma mulher que esteja nos antípodas da minha pessoa. Esperta, bonita e GRANDE.
Essa é que essa!
Candidatas, alinhem-se. Avancem sem receios ou preconceitos. O VOSSO Marronquinhozito piquinitito está aqui! Yuuuu! Aqui, junto ao vosso umbiguito.

to be continued...

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