segunda-feira, outubro 29, 2007

Do valor do teu silêncio

Será um "Sim"? Sentido e impregnado de desejo?
Será um "Não"? Porque a destempo e sem ardor?
Será um "Sim", exasperado, de "Estava a ver que nunca mais era Sábado!..."?
Será um "Não", de "Não venhas tarde, dizes-me tu com carinho... Tralala"?
Será um "Sim", de "O que tu queres sei eu, meu sacana!..."?
Não sei se "Sim", se "Não".
Por vezes ele, o silêncio, é de ouro. Outras vezes, tantas outras vezes, vale... um vazio. Um buraco no estômago. Uma inquietação. Uma instabilidade de dois gumes. Que corta o vento, amargurando os que não têm como responder e os que não têm resposta.
Valha-nos o eco, onde me oiço, me leio, me escrevo, onde a mensagem perdura, ainda que sem a tua resposta.
Aguardo. Olha, que giro!... Aguardo, também em silêncio.
Em silêncio... Em silêncio... Em silênc... Em si... Em...

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