quarta-feira, abril 20, 2005

Poetry

Noites de Verão
Noites de orvalho
Só preciso de uma rima
Que, por momentos, me arranque do trabalho

Está aí a Primavera
O Sol brilha lá fora
Faço tempo, escrevo assim
O meu coiro quer sair daqui, já, já, sem demora

Há tempos aumentado
Há tempos promovido
Em três dias reles notícias
Sem me darem os euros, já não quero, estive fodido

Agora, lá terei de voltar
O serviço público me aguarda
Papéis, papéis e mais papéis
Avante, avante Marronco, que a burocracia não te larga

Venham de lá essas avaliações
À semelhança do privado
Quero subir depressa
Não vá cair antes de me vir chorudo ordenado

Funcionário público
Duro comó aço
Sou pago pelo tempo que aqui escrevo
Assim como com o que para fora faço

Este poema vai para ti
Colega, amigo, companheiro
Juntos movemos o monstro
Servimos o povo, o público é primeiro!

Hoooaaahhh!!!

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