segunda-feira, agosto 25, 2008

A minha primeira vez

Cinco anos hoje volvidos, e na perspectiva do seu autor, o "Blog(ue - para os puritas) do Marronco" continua a primar pelas duas características que, desde o primeiro dia, inequívocamente o demarcam dos demais irmãos e irmãs blogosféricos. A saber: primeira, o vazio intrínseco do seu conteúdo - uma característica que facilmente salta à vista, qual silicónico decote feminino se tratasse; segunda, e de percepção mais rebuscada, a capacidade inata que este espaço tem de se fazer reconhecer por uma única característica, a primeira.
Não passa de uma espécie de placebo, só que com efeito. E um efeito forte, por sinal: a sonolência induzida, devastadora para quem ama a vida e cai aqui neste buraco do sono; a mesma sonolência, retemperadora para quem padece de insónia crónica. Um verdadeiro soporífero.
Ou seja, nem é uma coisa, nem sou nada. Nem sou eu, nem me deixo ser. Nem tem rumo, nem ando perdido. Nem é espelho, nem projecção de mim.
Ora, porra, também é só um blog(ue), não é todo um consultório de psicologia!
Questão: há motivos para festejar?

sexta-feira, agosto 22, 2008

E para já vão três

Boas sensações hoje registadas:
1 - Um sms de resposta, pela matina.
2 - Um croissant morninho, com fiambre, sem manteiga.
3 - A cuidada observação de um farto decote que se passeava pela rua, a partir da minha janela no segundo andar.

Anita vai à caça

De tanto piratear
Um virus consegui instalar
Naturalmente fiquei fulo
Chamei-lhe um nome e dei um pulo
Arreliado parti à caça
De hoje o gajo não passa
Demorou mas acho que consegui
O sacana de mim já não se ri.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Optimismo

Gordos e barbudos, num só, são um nicho de mercado.

I had a dream

A mãe dos meus filhos será a minha última mulher.

Época de caça

Quack! Quack! Sou um pato. Sou um anafado pato. Quack! Quack!

sexta-feira, agosto 08, 2008

Fados chorados

Disse-te adeus e morri
Vasco de Lima Couto / José António Sabrosa
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Disse-te adeus e morri
E o cais vazio de ti
Aceitou novas marés...
Gritos de búzios perdidos
Roubaram aos meus sentidos
A gaivota que tu és
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Gaivota de asas paradas
Que não sente as madrugadas
E acorda á noite, a chorar
Gaivota que faz um ninho
Porque perdeu o caminho
Onde aprendeu a voar
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Preso no ventre do mar
O meu triste respirar
Sofre a invenção das horas
Pois na ausência que deixaste
Meu amor, como ficaste
Meu amor, como demoras

(letra retirada de: http://fadosdofado.blogspot.com/)

quinta-feira, agosto 07, 2008

Vacaciones

E lá se foram... diferentes, como sempre. Diferentes do planeado, como sempre. Pensei que iriam ser longas e, afinal, as três semanas passaram-se num ápice. Como sempre, sinto que precisava já de outras três semanas fora do cubículo. Diferentes, também. E, para ser também diferente, comecei as férias vivendo num sítio e acabei-as morando noutro. Viver sozinho é diferente. O coração, esse, não anda indiferente, como sempre. Estou diferente, ando quase doente. O focinho mente, como quase sempre. Não escrevi aqui, isso não foi diferente. Porra, continuo Marronco, sou da nossa gente!